sábado, 5 de abril de 2008

Ciganos: Como vivem


O povo romani, nômades que saíram da Índia para a Europa há mais de 1000 anos atrás, com paradas na Pérsia, depois pelos Bálcãs. A partir de 1400 espalhou-se pela Europa e chegou ao Brasil no final do século XVI, expulsos de Portugal. No mundo todo, estima-se que há 15 milhões de romanis. O número oficial de romanis é disputado por muitos países, pois muitas pessoas se recusam a registrar sua identidade étnica no Censo, por medo de discriminação. A maior população vive nos Bálcãs, e em números menores, nas Américas, na Europa Ocidental e Oriental, Oriente Médio e ao Norte da África. A língua é o romanês, mas existem diversos dialetos.
O povo romani reconhece 5 divisões entre eles, baseado no território, cultura e os dialetos. São os kalderash, gitanos ou ciganos, mais comuns no Brasil, sinti, romnichal e erlides.
Os romanis no Brasil são os ciganos calon, que são originários da Espanha e Portugal, falam uma língua chamada caló e vivem no Nordeste, Minas Gerais e em São Paulo. Há também os sindi, que são de presença intensa no sul do país.
Como sabemos, os romanis são nômades, muitos até hoje. Eles têm esse estilo de vida por cunho econômico. Os homens ficam atrás de mercados, para vender seus produtos, fazer trocas, principalmente de animais, eletrônicos, colchas, roupas, e pequenos objetos. Eles não têm o sentido de propriedade e posse. Quando os negócios numa região vão mal, caem na estrada e o chão vira acampamento. Aí começam uma nova vida, numa cidade diferente. As mulheres se vestem com vestidos coloridos, usam colares e caminham em pequenos grupos. Lêem a mão de pessoas nas ruas, acolhem dinheiro dessas pessoas e fazem disso o ganha pão de seu cotidiano.
Os ciganos formam uma sociedade alternativa, tendo sua ética e seus códigos de conduta. Eles dão grande valor à família. A virgindade é essencial para mulheres solteiras. Tanto homens, quanto mulheres, podem se casar jovens, mesmo crianças. As leis romanis estabelecem que o que a família do noivo pague o dote aos pais da noiva. Muitas vezes, por conviverem com a sociedade dita organizada, são vítimas de etnocentrismos, como preconceitos, sendo chamados de espertos, vagabundos, etc.


Fontes:
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/lucianomaia/luciano100.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Roma_people

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